A variação linguística diacrônica é a variação que se estabelece de acordo com o passar do tempo. Os jovens de hoje não usam muitos vocábulos e até mesmo gírias que seus pais ou avós usavam, e seus pais também não usam os vocábulos que seus avós e bisavós usavam. Assim a língua muda de geração para geração e isso acontece devido a muitos motivos.
No século XX o Brasil era muito influenciado pelos franceses o que refletia diretamente na língua. Neste período foram incluídas no português, palavras como; chofer, menu, abajur, chique, charme dentre outras. Nos dias de hoje podemos notar que devido os Estados Unidos da America ser a grande potência mundial, o inglês tem se incorporado nas diferentes línguas dos países de todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Palavras como; internet, Windows, hardware, mouse e muitas outras são palavras de origem inglesas que hoje fazem parte de nossa língua.
Além do estrangeirismo, a língua sofre mudanças por outros motivos também. Há pouco tempo, a língua portuguesa sofreu algumas mudanças, por exemplo; o trema que já não era muito usado, embora alguns escritores ainda o usavam, deixaram de vez de existir no português, também algumas palavras que obtinham o “hífen”, foram modificadas. Palavras que eram escritas com o hífen, como; “anti-religioso”, agora é tudo junto; “antirreligioso”.
Esses são alguns exemplos que o vasto campo da linguística diacrônica estuda.
A linguística como ciência: (Profª Monique)
ResponderExcluirA linguística passou a ser definida como ciência a partia do Curso de linguística geral de Ferdinand de Saussure, que estabeleceu a língua como seu objeto de estudo. A linguística da primeira metade do século XX utiliza o método indutivo: coleta de corpora, seleção, manipulação, e classificação dos dados.
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Princípios de linguística geral. Rio de Janeiro: Padrão, 1977.
Gregos exploram a riqueza da ‘Língua’
ResponderExcluirDando uma importância secundária à questão da Lingua Mater, os gregos ateram-se principalmente ao estudo de seu idioma. Foram o primeiro povo do Ocidente a especular sobre o que é a língua e quais as suas funções. A terminologia e os métodos da gramática do português, como de outras importantes línguas ocidentais, são influência dos antigos gregos. Daí a importância desse povo para o pensamento intelectual do mundo ocidental de hoje.
Os gregos não só realizaram os primeiros estudos sobre questões estéticas da língua, como também iniciaram a especulação sobre a filosofia da linguagem e sua adequação ao pensamento. O filósofo Aristóteles foi o primeiro a proceder uma análise precisa da estrutura linguística e influenciou gerações de gramáticos de seu país. Outra questão estudada pelos gregos era a dúvida: a palavra surgiu por causa da natureza ou trata-se de uma convenção humana?
Vindos da Ásia, os gregos invadiram e povoaram onde hoje chama-se a península grega. Povo indo-europeu, como a maioria dos que vivem hoje na Europa de hoje, os helênicos, como também são chamados, viviam em comunidades espalhadas pela Ásia Menor, ilhas do mar Egeu, na costa ocidental da ilha da Sicília e em alguns pontos do sul da atual Itália.
Artigos de Divulgação
ResponderExcluirO FANTÁSTICO MUNDO DA LINGUAGEM
(Publicado em Ciência Hoje , v. 28, n.º 164, setembro de 2000, e em
Pesquisas Especiais Barsa Society, CD-ROM versão 2.1., 2001)
A linguagem, seja verbal, escrita ou outras, permite ao ser humano expressar qualquer pensamento, o que faz dela a base de todo o conhecimento. Apesar disso, a ciência que a estuda, a lingüística, é pouco conhecida, embora tenha sido a primeira disciplina de humanidades a ganhar status científico. Conhecer um pouco da história dessa ciência — e a importância do estudo da linguagem — é o objetivo deste artigo.
Quando se fala em ciência, as pessoas pensam logo nas ciências naturais, como física, astronomia, biologia, e esquecem que as disciplinas de humanidades também são ciências. Hoje, porém, a maioria das ciências humanas tem rigor metodológico comparável ao das ciências naturais e usa ferramentas como a lógica e a matemática para descrever seus objetos de estudo e construir teorias complexas.
Para que as ciências humanas adquirissem esse rigor, foi decisiva a contribuição da lingüística. Ela foi a primeira dessas disciplinas a se constituir como ciência, no final do século XVIII, com método e objeto próprios e bem definidos, emprestando depois às demais o seu método de pesquisa. Para entender como isso ocorreu, podemos fazer uma viagem no tempo, desde a Antigüidade, quando a curiosidade sobre a linguagem humana começou a inquietar os filósofos e sábios, até os dias atuais.
Na verdade, a linguagem é tão importante que, sem ela, não seríamos capazes de pensar, pois todo pensamento estrutura-se na forma de alguma linguagem, seja ela verbal, visual, gestual, etc. O filósofo grego Parmênides (535-450 a.C.) já dizia que “ser e pensar são uma só e a mesma coisa”, idéia reafirmada pelo filósofo francês René Descartes (1596-1650) na famosa frase “penso, logo existo”.
Não é à toa que em várias doutrinas o conceito de existência está intimamente ligado à palavra: o filósofo grego Heráclito (540-480 a.C.) chamou de logos (“palavra”, em grego) o princípio universal do “ser”, ao mesmo tempo palavra e pensamento. Na mesma perspectiva, a Bíblia afirma que no princípio era o “verbo”, ou seja, a palavra, ligando o conceito de linguagem diretamente à própria idéia da “criação” (ou existência). Se é impossível, como destaca a filosofia da ciência, conhecer a realidade “em si”, mas apenas construir uma imagem dela, baseada em nossos sentidos e em nosso pensamento, e se pensamento é linguagem, então a linguagem é a base para todo o conhecimento humano sobre a natureza e o próprio homem. Apesar disso, a ciência que a estuda, a lingüística, ainda é pouco conhecida.
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ResponderExcluirEspero estar colaborando para esse fantástico estudo sobre a linguística
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